terça-feira, 19 de abril de 2011

Nem sei...

Existem coisas que precisam ser ditas, mesmo que saiam da boca e se percam no espaço, vindo a morrer logo adiante....
Tais coisas são como molas propulsoras, que empurram a vida adiante, mesmo contra a vontade do dono....
Tais coisas buscam força em dentro de nós, tomando conta de todo e qualquer espaço vazio, brotando como semente inocente para mais tarde arder e queimar como fogo, como veneno, na tentativa de liberdade, de saltar aos lábios e queimando a língua, encontrar a brisa e se chocar contra as paredes do nada....
Estas coisas, as tais palavras que nasceram para brilhar, queimar ou arder, não sei bem, são ditas provas de amor, ou desamor, também não sei. Elas acariciam quem as ouvem, mas condenam quem as pronunciam.
Condenam a um eterno viver de sofrer, a um amar de chorar, a um viver de morrer....
Palavras que nascem da dor, são como humanos perdidos, sem sonhos, sem ilusões.....
Palavras que vem do amor, são como seres de luz, que buscam seu destino na companhia certa, desempedida e feliz.....
Não sei de onde vem as minhas, mas no momento queimam como veneno escorrendo pela corrente sanguinea, espalhando dor e ardência por onde passam.
Não sei o que o futuro me traz, me guarda, ou segreda, mas que seja rápido em sua chegada, fulminante em sua estada e mortal em sua saída. Que preencha os vazios que carrego, que ilumine meus pontos sem luz, que envenene realmente minha alma, para que cansado como estou, finalmente eu possa cair, parar de chorar e morrer.......

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